O Projeto de Final de Curso (PFC) do aluno Ricardo Ventura, do curso de Engenharia de Controle e Automação da UFSC se deu por uma evolução do seu estágio acadêmico e foi defendido em Feveriro de 2019.
A avaliação produzida naquele projeto trouxe questionamentos para melhorias no processo de atendimento aos usuários de chatbots. O aluno usou todos recursos disponíveis na atual versão da plataforma Arisa Nest, indo mais no viés da assistência virtual do que especificamente de um chatbot. A intenção foi criar um bot para executar ações para os usuários, automatizar processos e, inclusive, com integração à serviços web padrão SOAP, desenvolvidos pelo próprio aluno, providos pela UFSC e por outras empresas ou ecossistemas.
Após analisar algumas situações, foram modelados os processos, definindo os diálogos, as crenças, scripts e implementação dos comportamentos. Entre algumas atividades do bot estão: informar o índice de aproveitamento semestral acumulado do aluno, as aulas de um dia na semana, cardápio do dia no restaurante universitário, a nota das disciplinas cursadas, alterar e-mail cadastrado, fazer matrícula, fornecer histórico semestral e, como proatividade, informar diariamente as aulas do usuário do dia seguinte.
Outra atividade do bot, mais para um coordenador de estágios e PFC, foi automatizar o processo analisar alguns critérios do termo de compromisso de estágio em que é necessário pesquisar informações em diferentes locais, findando o resultado das análises com o envio de um e-mail ao coordenador e ao aluno analisado.
Também foi criado um outro cenário para automatizar parte do atendimento aos clientes no processo de venda em uma empresa fictícia. Este cenário está mais para testes na plataforma para verificar a aplicabilidade de cenários do Operador 4.0 na mesma. Este se daria pela utilização de assistente virtual para auxiliar um operador de equipamentos industriais em um ambiente inteligente, nos moldes da indústria 4.0, em que o assistente pode tomar algumas decisões e realizar algumas tarefas de forma independente. Esse cenário foi uma adaptação simplificada de um caso mais complexo abordado no artigo “Softbots Supporting the Operator 4.0 at Smart Factory Environment” [Rabelo, Romero e Zambiasi 2018]. Segundo Ventura, com a utilização dos recursos da plataforma, a implementação foi simples.
O bot recebia uma informação que iniciava o processo por meio da execução de um script. A busca de informações se dava através de chamadas na camada de serviços e, conforme a orquestração dos serviços e atividades implementadas no script Lua, o resultado cumpriu com as diretrizes pré-programadas e concluindo a tarefa. Para ele, “todas as funcionalidades da plataforma Arisa Nest se mostraram bastante robustas e complementares entre si. A possibilidade de consumir serviços web, executar scripts, armazenar crenças” e automatização com os comportamentos possibilita “uma grande variedade de implementações em diferentes cenários”.